As 6 formas mais rápidas de morrer em ambientes naturais
As 6 formas mais rápidas de morrer em ambientes naturais são: 1. Acidente (queda de um penhasco ou de uma cachoeira, acidente de motocicleta etc.); 2. Afogamento em rio, lagoa ou no mar; 3. Ataque de animal predador (leão, hipopótamo, jacaré, onça, urso, etc.); 4. Hipotermia (frio); 5. Picada de animal venenoso (serpente, escorpião, aranha etc.); e 6. Sede (desidratação). O que é importante lembrar é que morrer de fome é um risco que tem um horizonte de tempo de 2 a 3 semanas enquanto que morrer de desidratação devido a falta de água é um risco que tem um horizonte de tempo de 2 a 3 dias nos piores casos.
Procurar alimentos não é a primeira prioridade em situação emergencial em ambientes naturais. As três primeiras prioridades são a proteção contra os elementos naturais (abrigo e regulação térmica), a hidratação (água) e a proteção contra os animais predadores e venenosos.
Acidentes por queda
Os acidentes por queda de penhascos ou de cachoeiras são infelizmente muito comuns em ambientes naturais. Use sempre cordas e equipamentos de segurança e evite ao máximo exposições desnecessárias.
Afogamento
Os acidentes por afogamento acontecem com frequência no mar, em lagoas ou rios com pessoas que não sabem nadar e até mesmo com nadadores experientes. Para evitar esse risco, use equipamentos adequados de auxilio a flutuação tais como roupas de neoprene e coletes salva vidas. Caso deseje entrar na água gelada de uma lagoa ou cachoeira, entre progressivamente na água e use uma corda para sua segurança.
Hipotermia
A hipotermia provoca cada ano numerosas mortes em ambientes naturais. Para evitar a hipotermia use sempre roupas adequadas em todas suas trilhas. A temperatura pode cair brutalmente à noite.
Acidentes com serpentes
No Brasil, segundo dados publicados pelo Ministério da Saúde (Portal da Saúde – www.saude.gov.br), em 2015 foram registrados 24.467 acidentes com serpentes venenosas. 75% dos acidentes acontecem em pés desprotegidos e 15% na mão. A OMS (Organização Mundial de Saúde) calcula que ocorram no mundo 1.250.000 a 1.665.000 acidentes por serpentes peçonhentas (venenosas) por ano, com 30.000 a 40.000 mortes. No Brasil, existem aproximadamente 250 espécies de serpentes, sendo que destas, 70 são peçonhentas. A maioria destes acidentes deve-se a serpentes do gênero Bothrops (jararaca, jararacuçu, urutu e outros) e Crotalus (cascavel), sendo raros os produzidos por Lachesis (surucucu, surucutinga) e Micrurus (coral).
Para evitar um acidente com serpente, use sempre botas de caminhada com cano alto e não levante pedras ou troncos de madeira do chão sem verificar eles com os pés ou com um galho. O uso de botas com cano alto reduz em 80% o risco de acidente. Use luvas de couro para manipular folhas secas, montes de lixo, lenha, palhas, etc. Não coloque as mãos em buracos. Serpentes gostam de se abrigar em locais quentes, escuros e úmidos. Cuidado ao mexer em pilhas de lenha.
Primeiros socorros
FAÇA ISSO: Lavar o local da picada apenas com água ou com água e sabão. Manter o paciente deitado. Manter o paciente hidratado. Procurar o serviço médico mais próximo. Se possível, levar o animal para identificação.
NÃO FAÇA ISSO: Não faça torniquete ou garrote. Não corte o local da picada. Não perfure ao redor do local da picada. Não coloque folhas, pó de café ou outros contaminantes. Não ofereça bebida alcoólicas, querosene ou outros tóxicos.
Acidentes com aranhas
Acidentes causados por aranhas são comuns. Os gêneros de importância em saúde pública no Brasil são: Loxosceles (aranha-marrom), Phoneutria (aranha armadeira ou macaca) e Latrodectus (viúva-negra). Entre esses tipos de aranhas, a maior causadora de acidentes é a Loxosceles, ou seja a aranha-marrom apresentada na foto que segue. Após alguns dias, o veneno da arranha-marrom provoca necroses no ponto de picada que podem levar a morte da vítima ou requerer a amputação do membro. A picada de qualquer arranha deve ser levada a sério.
Acidentes causados por outras aranhas podem ser comuns, porém sem relevância em saúde pública, sendo que os principais grupos pertencem, principalmente, às aranhas que vivem nas casas ou suas proximidades, como caranguejeiras e aranhas de grama ou jardim.
Primeiros socorros
Lavar o local da picada com água e sabão. Usar compressas mornas ajudam no alívio da dor. Procurar o serviço médico mais próximo. Se possível, levar o animal para identificação.
Acidentes com escorpiões
No Brasil, segundo dados publicados pelo Ministério da Saúde (Portal da Saúde – www.saude.gov.br), em 2015 foram registrados 74.598 acidentes com escorpiões. Caso ocorra o acidente, recomenda-se: fazer compressas mornas e utilizar analgésicos para aliviar a dor até chegar a um serviço de saúde para que o médico possa avaliar a necessidade ou não de soro ou tomar outras medidas necessárias. O prognóstico do paciente com manifestações sistêmicas está diretamente relacionado à rapidez da administração do soro antiveneno.
Primeiros socorros
Lavar o local da picada com água e sabão. Usar compressas mornas ajudam no alívio da dor. Procurar o serviço médico mais próximo. Se possível, levar o animal para identificação.
Morte por desidratação
A morte por desidratação acontece em 2 a 5 dias. Algumas pessoas conseguem sobreviver até 10 dias. Para evitar a desidratação carregue água suficiente em todas suas trilhas e identifique os locais mais próximos de abastecimento.
Caso se encontre um dia perdido na mata e em situação emergencial procure esperar o resgate perto de um ponto de água. Com água e sem alimentos, é possível sobreviver até 3 semanas. Nunca deixe um ponto de água na procura de alimentos.
Matriz dos riscos gerais de uma aventura
A seguir apresento os principais riscos de uma aventura em ambientes naturais.